Diagnóstico social
Se pudéssemos primeiro saber onde estamos e para onde nos dirigimos, podíamos avaliar melhor o que fazer e como fazê-lo.
Abraham Lincoln
Conhecer para atuar!
A coesão social traduz a capacidade de uma sociedade em garantir o bem-estar de todos os seus membros, minimizando as disparidades e evitando a polarização, segundo uma perspetiva de responsabilidade partilhada.”
(Concerted development of social cohesion indicators – Methodological guide, CE, 2005)
A noção de responsabilidade partilhada é a chave do modelo de coesão social do Conselho da Europa no qual se fundamenta o diagnóstico social de Golegã e que propõe um conjunto de dimensões de análise:
- Análise da situação das pessoas, em particular de grupos mais vulneráveis a situações de exclusão e discriminação
- Os agentes (organizações, empresas, famílias, cidadãos, etc.) e a ação que desenvolvem em prol da coesão social
- Os ingredientes básicos da vida em comunidade: os valores, os vínculos, a confiança, os sentimentos, etc.
Este diagnóstico realiza-se no contexto da Rede Social da Golegã, a quem compete promover o desenvolvimento social concelhio, com base em diagnósticos atualizados e através de Planos de Desenvolvimento Social (PDS).
Assente numa dinâmica fortemente participativa, as opções metodológicas do Diagnóstico Social visaram o cruzamento de vários olhares, numa ótica de responsabilidade partilhada dos diversos atores socioeconómicos: autarquias, organizações não-governamentais, serviços públicos, empresas e cidadãos.
Deste modo, o Diagnóstico Social é um instrumento que pretende essencialmente:
Em suma, o Diagnóstico Social do Concelho da Golegã – pretende contribuir para a identificação de problemas e problemáticas e constitui uma base de trabalho para a construção do Plano de Desenvolvimento Social. Com efeito, trata-se de uma investigação que não constitui um fim em si mesma, mas antes um instrumento de planeamento inteiramente vocacionado para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social do Concelho. Nesta etapa verifica-se a passagem de um nível de conhecimento para um nível de decisão, no qual são tomadas opções, definidos os objetivos e as estratégias de intervenção, partindo dos problemas e prioridades assinalados no Diagnóstico Social. Constitui uma fase mais operativa do Programa, em que se pretende “não só a produção de efeitos corretivos ao nível da redução da pobreza e da exclusão social, mas também efeitos preventivos gerados através de ações de animação das comunidades e da indução de processos de mudança, com vista à melhoria das condições de vida das populações” (Núcleo da Rede Social, 2003).
Salientamos ainda que outra característica deste Diagnóstico Social é o facto de este ser um “instrumento aberto”. Como a realidade em que vivemos é dinâmica, este é naturalmente um processo que carece de atualização permanente, e ao qual não pode ser alheio a participação de todos aqueles que detêm as competências e a obrigação de resolução dos problemas identificados, bem como, a responsabilidade na definição de políticas que promovam o desenvolvimento social do Concelho. O Diagnóstico Social deve permitir, sempre que se justifique, a integração de novos dados e informações, e ajustes derivados das relações e interdependências que se estabelecem a partir dos dados disponíveis e de novos dados que se vão obtendo.